O site indieLONDON publicou à algum tempo a entrevista feita com Logan Lerman, Alexandra Daddario e Brandon T. Jackson, onde falam sobre sua experiência em Percy Jackson e contam detalhes pessoais de como foi para eles e o que pretendem fazer depois.
Logan Lerman, Percy Jackson, fala sobre sua coadjuvação em Percy Jackson & O Ladrão de Raios, tendo trabalhado anteriormente com Jim Carrey (em Número 23) e Mel Gibson (em O Patriota)…
P. Como foi trabalhar em um filme com efeitos especiais tão grandes como este?
Logan Lerman: Foi surreal! Quero dizer, você ouve todas essas histórias de como precisamos nos pintar de verde e como tudo precisa ter um marcador muito específico, tudo pra ser alterado mais tarde. Mas eu nunca tinha trabalhado com efeitos visuais, então estava bastante surpreso.
P. Você teve tantos pais em filmes, desde Jim Carrey até Mel Gibson, e claro, neste filme. Você aprendeu algo dessas experiências?
Logan Lerman: Tudo começou após ter trabalhado com Jim Carrey. Eu sou um grande fã dele e procurei aprender como me perder completamente na cena e por isso, quando descobri que havia uma vaga num filme com ele, eu meio que me forcei à conseguir o papel e felizmente consegui o papel de filho. Ele sentava e conversava comigo por horas no set e eu aprendi muito com isso. Você precisa esquecer que eles são celebridades e trabalhar com o personagem, explorando isso.
P. Então qual é o próximo filme?
Logan Lerman: Eu estou procurando alguns papéis no momento. Esse (Percy Jackson) foi um projeto bem longo com toda essa publicidade e tudo mais, então não está nada assinado por enquanto.
P. Você procura, deliberadamente, por algo diferente pra seguir?
Logan Lerman: É tudo de acordo com o produtor, eles que são os artistas e nós somos a tinta. É uma combinação de personagem e produtor que me atrai aos projetos.
P. Você cresceu em Los Angeles, então, é possível presumir que você estará familiarizado com esse tipo de tumulto?
Logan Lerman: Los Angeles tem sido bom e ruim, sabe. É ótimo que seja o centro da indústria de filmes, é um ótimo lugar de crescer pra uma pessoa que ama o cinema. Por outro lado, você pode se perder facilmente se não tiver uma boa perspectiva sobre o negócio, é um lugar fantasioso muito fácil de se perder. Nenhum de meus familiares estão nessa área, menos minha mãe, que agora é minha agente, e é alguém que eu confio, isso é bom. Ninguém deve ser maior do que o filme que está representando.
Alexandra Daddario fala sobre sua aparição em Percy Jackson & O Ladrão de Raios, comentando sobre seu físico, o papel de espadachim, como foi trabalhar com Chris Columbus e sua experiência no set de A Lula & A Baleia.
P. Os livros não são tão conhecidos no Reino Unido, você pode contar um pouco sobre eles?
Alexandra Daddario: Quando criança, eu adorava livros de fantasia. Eu amei Harry Potter, e a ideia de que há algo “lá fora” é inspiradora para as crianças e pra mim. É emocionante e eu acho que as pessoas podem se relacionar à isso. Mesmo se as coisas são difíceis ou ruins pra você, a ideia de que há algo de especial dentro de você é positiva e verdadeira.
P. Você se divertiu na ação e no esgrima envolvidos no seu personagem do filme?
Alexandra Daddario: Eu amei! Não fiz milhões de treinamentos, porque cheguei depois dos meninos, mas pratiquei por um tempo. Eles tinham um monte de problemas pra encontrar alguém para fazer a Annabeth, e eu só apareci no set três semanas antes das filmagens. Então eu tive que treinar durante três semanas esgrima, 12 horas por dia! Eu tive sorte de estar em forma e tínhamos uma equipe de dublês incrível… no início, eu não parecia boa com uma espada e eu era uma pata, por isso tive que aprender as técnicas para parecer real e intensa nas telas. Acho que isso é uma boa experiência.
P. Parece que vem surgindo mais heroínas femininas nos filmes de fantasia dos últimos anos, você acha isso importante?
Alexandra Daddario: É muito importante. Eu já li um monte de scripts para mulheres que são só as namoradas, ou as “gostosas”, que servem só para usar um vestido. Não há muitos personagens fortes para mulheres, ou papéis principais… há apenas alguns filmes baseados em torno de mulheres. Eu acho que tive sorte em interpretar um personagem feminino totalmente desenvolvido no meu primeiro grande filmes. Acho que o sexo feminino ainda vai crescer muito no cinema.
P. Que tipo de personagem você quer dizer com “servem só para usar vestido”?
Alexandra Daddario: O tipo de garotas que ficam “de fundo” só para mostrar um vestido… sabe, como uma paisagem ou algo assim.
P. E como você se sente por estar ligada à uma franquia como essa?
Alexandra Daddario: Bem, eu só tenho que ser grata por estar trabalhando. Estamos inscritos pra fazer três filmes da saga, se formos fazer todos os cinco vamos estar bem “ricos” já no quarto [risos]. Estou brincando, claro… vamos ver como eles vão se sair e, em seguida, obviamente, acho que haverá algumas mudanças… eles fizeram isso com Crepúsculo, também porque acho que o personagem de Robert Pattinson não está em um dos livros, e eles queriam ele no filme, então tem de haver algumas alterações dos livros para o cinema.
P. Esse papel tem sido muito diferente do que você interpretou em A Lula & A Baleia?
Alexandra Daddario: Eu fiz uma parte muito pequena nesse filme, as pessoas continuam me elogiando porque eles não conseguem encontrar qualquer outra coisa de mim no filme. Eu era uma das crianças lá e só fiquei no set por uma semana. Eu comecei a trabalhar com pessoas fantásticas e estar em forma, o que foi, naturalmente, uma grande experiência. Eu gosto de trabalhar em séries, mas eu prefiro filmes. Eu só quero trabalhar, principalmente, mas o ritmo em um filme é mais lento e você começa a formar uma família lá. Há mais tempo pra trabalhar do que na televisão, que é bem ligeira.
P. Christopher Columbus é conhecido por trabalhar com elenco mais jovem, pelos seus filmes anteriores. Você acha que isso ajudou no set?
Alexandra Daddario: Chris é uma das pessoas mais queridas que eu já conheci, tão honesto e verdadeiro. Eu sou de Nova York e senti uma lufada de ar fresco ao falar com ele, ele tem um entusiasmo que contagia. Eu nunca fiz um filme tão feliz e confortavelmente… é maravilhoso. Todo mundo colocava bastante peso sob as costas dele… tivemos muitos dias longos de filmagem, mas raramente era estressante.
P. Qual foi a coisa mais difícil para você no set?
Alexandra Daddario: Só eu me deslocar da minha vida pra trabalhar em um filme grande como esse, já é um grande desafio. A paisagem foi estranha no começo mas não foi estressante, porque eu estava feliz de estar lá. Eu não tinha ideia do que estava fazendo, mas foi uma grande e ótima viagem.
Brandon T. Jackson fala sobre sua atuação como Grover em Percy Jackson & O Ladrão de Raios, dançando em um hotel de Las Vegas [em pleno Vancouver!], trabalhou de novo com Steve Coogan, com quem fez Trovão Tropical. Fala também por que ele gostaria de fazer mais papéis de comediante para “checar seus níveis cômicos”.
P. Percy Jackson & Os Olimpianos é pouco conhecido aqui na Inglaterra, você pode nos contar algo?
Brandon T. Jackson: Fala bastante sobre a mitologia grega e no livro é definida com traços modernos rodeando esses elementos. O personagem principal tem TDAH e dislexia, então ele descobre que é filho de um deus… eu quero dizer que isso é apelar! Poxa, saber que você é algo grande e importante…
P. Alguma diferença desse filme pra Trovão Tropical…
Brandon T. Jackson: Eu nunca ouvi falar disso, que filme é esse? [risos] Não, não. É uma grande mudança, obviamente. Essa é a boa coisa de ser ator, você pode fazer mais coisas. Não sou só comediante, que é o que Chris (Columbus) me permitiu fazer… me expressando dentro dos limites do filme. Isso foi muito importante, eu assisti um filme muito a ver com isso. Foi bom trabalhar com Steve Coogan novamente de Trovão Tropical, bem…. ele é alguém que pode comediar também.
P. Você tem visto muito ele no filme?
Brandon T. Jackson: Eu vi muito ele, estamos bem envolvidos no set. Nós quebramos tudo em Vancouver, ele fez de Hades uma estrela de rock e eu acho que ele é um bom comediante, e também um ótimo ator. Eu realmente acho que ele é mais engraçado do que eu, estava procurando ele pra travar uma batalha cômica… mas não achei. Ele estava dormindo no set! Sabe a cena de depois que ele é atingido por um raio? Bem, há um longo monólogo depois daquilo e ele teve que ficar e dormir no set.
P. Daonde vem esse interesse pela comédia? Você vem de uma família muito religiosa, não é?
Brandon T. Jackson: Sim, minha família é bem religiosa. Era que quando eu via meu pai pregar, eu sabia que queria fazer algo semelhante… mas eu não tinha certeza do quê. Eu sempre quis ter uma “voz”, e eu não sou Afro-Americano, eu venho de uma família de dois pais prósperos… e não de uma típica “favela”. Me sinto como Um Maluco no Pedaço na vida real, e quero ser um exemplo de alguém que quer se expressar pro mundo, ter “voz”.
P. Seu personagem é bem diferenciado de outros que vimos em filmes de fantasia, ele é mais “líder”. Na verdade, ele é apresentado como um protetor… era tão importante pra você isso nos termos do filme?
Brandon T. Jackson: Absolutamente! Quero dizer, no livro ele é muito mais nervoso, mas eu queria jogar forte. Perguntei ao Chris se poderiamos fazer um personagem com mais ação… eu mexi com armas em Trovão Tropical, então acho que posso lidar com cascos de bode! Grover, nos livros, é um personagem com muito coração, e no filme, ele não tem seus chifresentão não pode ser tão “adulto”, mas ao mesmo tempo ele ganha mais ação depois de ter passado seu tempo com Perséfone.
P. Quando você fez um filme de franquia como essa, você já tinha lido os livros ou teve que ler livro por livro?
Brandon T. Jackson: Eu realmente só li os três primeiros livros. Mas não muda em nada, porque Chris vai adaptá-lo pra fazer mais sentido como um filme. Vamos fazer mais três filmes, mas eu acho que não haverá mais alterações em termos da série.
P. Você acredita no ditado que diz: “O que acontece em Vegas fica em Vegas”?
Brandon T. Jackson: Sim, mas não coma flor de Lótus! Na verdade, eles criaram todo esse cassino em Vancouver… foi bem trabalhoso. Aquela cena toda foi muito longa, mas foi bem legal. Eu fiz um grande “baile”, que foi algo meio fora da casinha, mas eu sabia que iria ser cortado. Ele teria feito o filme muito longo… eu até disse a Chris que ia ficar muito longo, mas foi muito engraçado. Eles devem colocar essa cena nos extras do DVD. Vai ser estranho ver tudo isso depois no DVD, porque eu fui Acampamento Meio-Sangue, gravei e saí. Você anda ao redor daquele mundo e realmente acha que está no lugar mítico, e então, ele se vai.
P. Qual foi a coisa mais difícil para você no set?
Brandon T. Jackson: Chris tornou tudo mais fácil; sabe, isso faz com que as coisas fiquem de cabeça pra baixo. Porque, se você tem um diretor estressado, então você vai ser assim. Eu me senti como se fôssemos realmente todos esses personagens mágicos, e Chris me trouxe uma grande experiência. Estou fazendo um próximo movimento chamado Lottery Ticket que é muito menor.”

(por Rafael Velozo, entrevistas originais: Logan Lerman, Alexandra Daddario, Brandon T. Jackson)

Fonte: Percy Jackson br

Artigos Relacionados

0 comentários:

Postar um comentário